Um dos maiores desejos de muitas pessoas é descobrir o segredo da eterna juventude, mas não estamos falando apenas de aparência física ou beleza; o objetivo buscado hoje no campo da longevidade é viver mais tempo e nas melhores condições possíveis.
O Dr. Eric Verdin é um dos cientistas especializados nesta área que afirmou em diversas ocasiões ter conseguido prolongar sua vida com algumas mudanças em seus hábitos diários. De fato, o especialista afirma ter rejuvenescido até 15 anos.
O diretor do Instituto Buck, um instituto independente de pesquisa biomédica dedicado exclusivamente ao estudo do envelhecimento, tem uma mensagem principal: "O mais importante é cuidar de si mesmo". Pode parecer muito simples, mas nosso estilo de vida influencia nossa longevidade muito mais do que imaginamos, segundo muitos especialistas da área, como Dan Buettner e Valter Longo.
Em uma palestra na Longevity Summit 2024, o médico defende a necessidade e a importância de transformar o sistema de saúde em um modelo de cuidados preventivos, e não apenas de tratamento de doenças, a influência da genética na longevidade e o fato de que o envelhecimento é o principal fator de risco para doenças não transmissíveis.
Segundo Verdin e as análises de seu instituto, baseadas principalmente em medições de inflamação, pressão arterial e colesterol, sua idade real é de 68 anos, mas sua idade biológica estaria entre 48 e 53 anos. No entanto, essa é apenas uma estimativa, já que a medição da idade biológica ainda não é padronizada, portanto, sua teoria se baseia nos estudos e medições conduzidos em seu instituto.
O que o médico confirmou, e não só ele, mas também muitos estudos, é a importância do exercício físico. Verdin afirma que um dos hábitos que mais impactou positivamente o seu bem-estar foi a caminhada. "Caminhar 15 minutos por dia é muito simples, e a diferença entre fazer ou não é enorme para a nossa saúde".
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O médico pratica Hot Pilates quatro ou cinco dias por semana, um exercício que combina treino cardiovascular e de força. A ciência apoia a combinação de treino de força e exercício aeróbico, pois parece ser a forma mais eficaz de promover a longevidade.
De fato, os especialistas se baseiam nas Diretrizes de Atividade Física da OMS, que recomendam que todos os adultos pratiquem pelo menos 150 a 300 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada, ou 75 a 150 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade intensa, ou uma combinação equivalente de ambas (conhecida como AFMV). Também é aconselhável realizar exercícios de fortalecimento muscular que envolvam todos os principais grupos musculares pelo menos duas vezes por semana.
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O treinamento de força pode reverter a perda muscular que se torna mais acentuada após os 40 anos devido ao envelhecimento. De fato, uma análise publicada sobre o assunto, que analisou 47 estudos com mais de 1.000 participantes com idade média de 67 anos, constatou que em apenas quatro meses de treinamento de força (de 1 a 3 vezes por semana), adultos mais velhos podem dobrar sua força muscular.
Além disso, esse tipo de treinamento auxilia na densidade óssea, no controle do peso e na melhora da função cerebral. Como o médico mencionou em uma de suas entrevistas, "o importante é se movimentar, não importa onde você faça isso". Seja na academia, por ser mais sociável, ou em casa, por ser mais confortável.
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Verdin aproveita o ambiente natural do seu local de trabalho para fazer longos passeios de bicicleta duas ou três vezes por semana. Andar de bicicleta, assim como caminhar, é uma das duas atividades aeróbicas recomendadas por especialistas para melhorar, entre outras coisas, o que mencionamos no início: ajuda a prevenir doenças não transmissíveis como doenças cardíacas, câncer e diabetes.
A atividade física, tanto moderada quanto intensa, melhora a saúde, de acordo com especialistas. Por fim, vale ressaltar que praticar atividades ao ar livre também é incrivelmente saudável, algo que já foi comprovado cientificamente.